Comércio Eletrônico | Impactos da Pandemia Nesta Modalidade

Nos primeiros meses de 2020, o Brasil começou a enfrentar a pandemia do novo Coronavírus. Uma das primeiras medidas tomadas para tentar controlar a disseminação do vírus foi o fechamento de lojas e comércios não essenciais. Diante do novo cenário e da situação inesperada, milhões de pessoas passaram a ter o comércio eletrônico como única opção de compra. Deste modo, as vendas foram alavancadas de forma rápida, novos compradores foram conquistados e muitos empreendedores resolveram investir no e-commerce.

Os impactos da pandemia no comércio tradicional não foram positivos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ainda em 2020, para 46% do comércio, os impactos da pandemia foram negativos. Não é possível dizer que a pandemia fez com que o modelo de comércio eletrônico surgisse, pois, o e-commerce já estava presente na vida de muitos brasileiros há anos. Entretanto, a pandemia acelerou o crescimento desse setor da economia.

Diante desse cenário, vamos entender o que o comércio eletrônico vem representando para a economia do país, qual seu futuro e os impactos da pandemia no comércio.

Comércio eletrônico e os impactos da pandemia

Os números revelam que o comércio eletrônico é capaz de superar os impactos da pandemia no comércio. Isso porque mesmo diante de todos os impactos negativos que a pandemia trouxe para a economia mundial, essa modalidade de negócio conseguiu se manter firme e ainda atrair novos clientes.

É possível afirmar estas informações porque, de acordo com o PagSeguro, o faturamento do comércio eletrônico aumentou 71% entre fevereiro e novembro de 2020, se comparado ao mesmo período do ano passado. Ainda de acordo com esses dados, esse setor faturou 27,3 bilhões de Reais no ano passado.

Com a necessidade de isolamento e distanciamento social, a procura por itens de higiene (máscaras e álcool gel), eletrônicos (computadores e celulares), suplementos alimentares (vitaminas, proteínas) entre outros, aumentou. Esta demanda mostrou que um dos impactos da pandemia no comércio resultou no crescimento do setor de e-commerce.

Os empreendedores locais e pequenos empresários também saíram ganhando com o aumento das compras pela internet. 15% das pessoas disseram ter comprado on-line de lojas locais ou de pequenos produtores, 16% dos consumidores compraram em lojas novas, 11% dos entrevistados estão fazendo a maior parte de suas compras através do comércio eletrônico e 7,5% dos clientes compraram online pela primeira vez após o início da pandemia.

As mulheres representam a maior parte dos consumidores no comércio eletrônico, destacando-se na procura por eletroportáteis, moda e livraria, já os homens costumam procurar por eletrônicos, informática e bebidas no e-commerce.

Impactos da pandemia no comércio eletrônico e o futuro da modalidade

Se engana quem acredita que os impactos da pandemia no comércio eletrônico são passageiros. A pandemia e o distanciamento social podem ter adiantado uma tendência, mas o comércio eletrônico vem ganhando cada dia mais espaço há alguns anos.

De acordo com a NZN Intelligence, ainda em 2019, um ano antes da pandemia se iniciar, 74% dos brasileiros já davam preferência por realizar as suas compras através da internet. E pelo menos 82% dos entrevistados já haviam realizado compras através de e-commerce.

Mesmo que esse setor tenha visto o seu crescimento decolar por situações adversas, as perspectivas apontam para que esse crescimento perdure. Agora, os consumidores já conhecem as facilidades e vantagens de comprar pela internet, aqueles que não conheciam agora estão inteirados e a tendência é de crescimento.

Ainda de acordo com a pesquisa realizada pela NZN Intelligence, somente no primeiro trimestre de 2021 mais de 78,5 milhões de compras foram realizadas por meio do comércio eletrônico. A pesquisa ainda revela que o gasto médio dos comprados também aumentou em 9,4%, este valor está por volta de 447,00 Reais.

Outro fator que garante que o crescimento do setor deve permanecer, está relacionado ao fato de que 83% dos novos clientes declararam que pretendem voltar a fazer compras pela internet.

Os impactos da pandemia no comércio eletrônico também atingem positivamente outros setores da economia. A logística é de grande importância para o bom funcionamento deste setor, fazendo com que a busca por serviços especializados subisse.

A importância da logística para o e-commerce

Como dito anteriormente, o crescimento das compras on-line também impulsiona outros setores da economia e gera empregos diretos e indiretos.

A logística é um fator de extrema relevância para que as milhares de compras realizadas diariamente através da internet cheguem ao destino final com segurança e qualidade.

Empresas que atuam no ramo de vendas pela internet precisam do planejamento, organização, armazenamento e transporte que a logística oferece. A logística pode ser aplicada em todo tipo de negócio e com as vendas virtuais não é diferente. Controlar, movimentar e assegurar a qualidade dos produtos é importante para que o consumidor final se mantenha satisfeito com os serviços. Nada melhor que serviços de logística para auxiliar nesta etapa que é tão importante quanto a venda.

O armazenamento e o transporte são cruciais para agradar e fidelizar o cliente. Dificilmente, um consumidor que receber os seus produtos com avarias voltará a comprar na mesma loja. Pior ainda, pode avaliar negativamente o produto e a loja, deste modo, mesmo com todos os olhos voltados para o e-commerce, é preciso manter a qualidade dos serviços.

Empresas que desejam crescer ou se manter em crescimento no comércio eletrônico devem investir em serviços logísticos. É importante ainda que esses serviços de logística sejam personalizados para este tipo de comércio, visto suas particularidades. Deste modo, as logísticas internas e externas devem estar alinhadas para garantir o sucesso das vendas.

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